domingo, 29 de novembro de 2009

Boas novas! Ainda há esperança!

Boas notícias para o planeta! Estados Unidos voltaram atrás e se "comprometeram" (mesmo sem a aprovação definitiva do Senado americano) a reduzirem suas emissões em 17% tendo 2005 como ano base. No dia seguinte, a China, como que embalada pelo compromisso da maior economia do mundo, anunciou metas voluntárias de redução entre 40 e 45% também tendo como base o mesmo ano.

Na verdade, se compararmos a meta dos EUA no ano base de 1990, o qual está sendo utilizado pela União Européia (que já se comprometeu com uma redução de 20% até 2020), significa uma redução tímida de 3 a 4%. De qualquer forma, é melhor que nada. Um grande salto foi dado desde a Era Bush, não podemos negar.

Em relação a China, sua meta voluntária significará que este país vai estar emitindo em 2020 40% mais CO2 do que nos dias atuais. Apesar disso, sem esta redução tudo ficaria muito pior.

Agora falta a Índia se manifestar, já que é o único grande país em desenvolvimento que ainda não tem planos ou metas para combater as mudanças climáticas. (Jackie Gaia, 29/11/09)

domingo, 22 de novembro de 2009

Novo site de busca ecológico!

Que a Google lançou um site de busca na internet, chamado eco4planet onde a cada 50.000 consultas uma árvore será plantada e fica disponível no portal o número de mudas atingido? E que o fundo preto da tela, além de descansar os olhos, economiza 20% de energia?


Há 14 dias de decidir nosso futuro...



O Brasil estabeleceu intenções
voluntárias (não metas) de reduzir suas emissões entre 36,1 a 38,9% até 2020. Esta resolução foi tomada com base em uma estimativa de crescimento do país em torno de 4 a 6% ao ano. O grande problema é que, na verdade, não sabemos exatamente o quanto estamos emitindo de gases de efeito estufa atualmente, já que o último relatório de emissões do país foi produzido em 1994. Contudo, com esta decisão o Brasil passa a ficar em uma posição de vanguarda em relação aos países emergentes, o que é de grande importância para a próxima Conferência do Clima, já que serve de incentivo para os outros emergentes e os países de 1º mundo também. Segundo Miriam Leitão, "os números brasileiros não são sólidos, não estão baseados em boa ciência, não foram detalhados de modo convincente, e foram criados de forma improvisada. Mas a partir desse momento o Brasil terá que caminhar inevitavelmente na direção de conter suas emissões".
Por outro lado, a grande decepção foi mais uma vez os EUA (apesar da esperança em Obama) e a China. Não que a luta esteja perdida, mas os dois líderes que governam os dois países mais poluidores do mundo, disseram não conseguir estabelecer metas até mês que vem. O senado americano está emperrado com seus problemas referentes à implementação da política de saúde no país e a China se recusa a assumir metas formais, alegando que irá seguir seu próprio planejamento de combate às mudanças climáticas.
Talvez, sem um maior comprometimento dos dois maiores poluidores do planeta, as outras nações possam se mostrar relutantes. Mas, apesar dos pesares, é preciso acreditar e continuar lutando para pressionar os governos de todos os países a tomarem uma postura mais ousada, já que o tempo não espera e Gaia pede socorro. (Jackie Gaia, 22/11/09)

Austrália enfrenta a pior seca da sua história!




Aproximadamente 44ºC de temperatura foi registrado na última grande seca do país. Estas fotos mostram um coala pedindo água a alguns ciclistas em uma estrada e também uma famíla que acolhe outro marsupial e lhe oferece água para beber. No entanto, além de matar sua sede o coala surpreende mergulhando na bacia.

A água vai valer mais que o petróleo!

É preciso economizar água em casa, na escola e no trabalho, parar de jogar lixo nos rios, acabar com o desmatamento, pois com ele os rios perdem sua mata ciliar e ficam assoreados, e, por fim, COBRAR DOS GOVERNANTES POLÍTICAS PÚBLICAS QUE PROMOVAM A SUSTENTABILIDADE!!!

Água: em alguns lugares ela já não existe mais!








Índia, Sudão, Nigéria e Kenya são alguns dos lugares onde a água já é escassa. Na Áustria, os glaciais que abastecem de água a Europa perderam mais da metade do seu volume no século passado, assim como em outros lugares do mundo como nos Andes.

Planeta Terra PARA SEMPRE...

Nossa casa, nosso lar... vamos juntos aprender a cuidar bem do nosso planeta. Vejam como ele é bonito!

Se você pensa que a poluição não afeta você, então pense de novo...

Um minuto pelo clima

Campanha lançada pelo Observatório do Clima, convoca o cidadão comum a mandar sua mensagem para os negociadores em Copenhague. Veja como fazer seu protesto neste vídeo.

A Casa Encolhendo

Este vídeo traz novo alerta sobre as ameaças do aquecimento global a algumas espécies que dependem do frio e das geleiras para sobreviver. A vítima é novamente um urso polar, mas a abordagem é inovadora. Confira!

domingo, 1 de novembro de 2009

Por uma nova ordem mundial



Artigo escrito por mim, publicado pela Revista Envolverde no dia 30/09/09 e pela Rebia (Rede Brasileira de Informação Ambiental) no dia 02/10/09. (O link não existe mais, por isso estou disponibilizando o artigo na íntegra aqui.)

Por uma nova ordem mundial

O descontrole climático chegou a um tal nível que os impactos da irresponsabilidade já são sentidos por todos os povos do planeta: derretimento das geleiras, elevação do nível dos oceanos, secas extremas, aumento da frequência e da intensidade dos tornados e furacões, alterações no regime de chuvas, perdas agrícolas, surgimento de novas doenças e a possível extinção de inúmeras espécies da fauna e da flora.
Urge a necessidade imediata da incorporação do senso de urgência ao enfrentamento deste problema, o qual é, sem dúvida, o maior e mais desafiador de todos os tempos. E esta questão só poderá ser enfrentada através da união de todos – governo, setor empresarial e sociedade civil. Exatamente por isso, a próxima Cúpula sobre o Clima que se realizará no mês de dezembro em Copenhague torna-se tão importante. É crucial a mobilização de cada um, visto que a nossa espécie encontra-se em risco de ser exaurida da Terra. Neste encontro, os grandes líderes discutirão o próximo tratado sobre o clima, já que o Protocolo de Quioto expira em 2012. Neste protocolo, que foi aprovado em 1997 e ratificado em 2005, os países desenvolvidos assinaram um acordo comprometendo-se a reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa em 5,2% aos níveis de 1990 no período de 2008 a 2012. A 15ª Conferência das Partes (COP 15) em Copenhague terá que elaborar um tratado mais ambicioso, com metas maiores a serem alcançadas.
Desta forma, os países do G8 (formado pelos 7 países mais desenvolvidos do mundo mais a Rússia), de fato os grandes responsáveis pelo aquecimento global, concordam em reduzir suas emissões em 80% até 2050, em relação aos níveis de 1990, desde que os países em desenvolvimento se comprometam a arcar com uma redução de 50% no mesmo período. No entanto, alguns destes últimos não concordam em serem obrigados a terem metas estabelecidas, e sim, ações voluntárias, já que defendem-se, alegando que as mudanças climáticas não foram causadas por eles e que também possuem o direito de se desenvolver. Talvez somente concordem com o estabelecimento de metas vinculando-as à ajuda financeira dos países desenvolvidos. Contudo, o que acontece é que, nos próximos anos, os emergentes já estarão emitindo mais que os industrializados, embora estes continuem com taxas de emissão per capita maiores que as dos emergentes.
Em parte, os países em desenvolvimento podem até ter razão, mas, por outro lado, é de suma importância perceber que o planeta é um só, nossa espécie é única e que os efeitos da poluição e das mudanças climáticas não enxergam fronteiras. O fato é que já passou a hora de discutir quem polui mais, quando o que está em jogo é a possibilidade de vida na Terra para as futuras gerações. Não há mais tempo! É preciso agir agora!
Os líderes das nações tem um papel decisivo e histórico neste momento. Nosso país é de importância fundamental em Copenhague, já que somos o emergente detentor do maior potencial ambiental do planeta. E o maior investimento que a sociedade civil pode fazer agora é se organizar para pressionar os governos a agirem concretamente neste encontro, a fim de garantir que o acordo estabelecido em dezembro preveja medidas mais ousadas e efetivas para a redução de emissões.
“Ninguém tem de esperar pelo outro para tomar um rumo iluminado em direção ao futuro”, já dizia o sábio Mahatma Gandhi. Nosso tempo de agir já está se esgotando! O resultado das discussões na COP 15 dependerá também do esforço da responsabilidade da sociedade civil a ser testada na escolha das nossas lideranças públicas e privadas para o enfrentamento desta crise ambiental e humanitária sem precedentes. Além de ser um imenso desafio, esta situação exige de todos nós cidadãos planetários, a construção de uma nova cidadania, na qual direitos e deveres precisam estar muito bem relacionados e articulados. Somos todos seres cósmicos, portanto devemos agir em cadeia, uns dependendo dos outros, em ajuda mútua, assim como a rede natural que rege o equilíbrio da natureza. Esta cidadania planetária reside no fato de que todos os indivíduos estejam cientes das responsabilidades de suas ações. Há de se fazer um enorme esforço no sentido de diminuir a ignorância do cidadão comum em relação às questões ambientais, tornando-se imprescindível ações criativas que permitam um maior engajamento de todos os atores sociais com a finalidade de enfrentar este momento crucial, transformando a cidadania em uma prática social, política e ecológica. É preciso ir além, faz-se necessária uma nova ordem, uma mudança de paradigma. Cabe a nós promover valores alternativos de uma nova utopia, ampliando a luta para que os países adotem um outro modelo de governança e desenvolvimento, onde novos valores éticos sejam estimulados. O ponto crucial está no fato de que, pela primeira vez, o resultado das ações inconsequentes dos habitantes deste planeta está ameaçando sua própria condição de sobrevivência. Esta difícil situação em que o homem se encontra, deve ser vista como uma oportunidade para repensarmos valores e práticas, além dos meios de produção e distribuição desigual das riquezas da forma como é exercida atualmente pelo mercado de capitais, gerando fome e miséria para grande parte da população. Os desafios são enormes, principalmente porque exigem algumas mudanças de hábitos e de atitudes muito enraizados na vida das pessoas. A primeira condição para que possamos conseguir vencer estes obstáculos, é tentar identificar concretamente o problema e, posteriormente, verificar quais escolhas que cada um de nós pode realizar e como o conjunto destas escolhas individuais se interliga numa estratégia coletiva. Teremos que aprender a identificar todos estes conjuntos de relações, sua interdependência e a importância do nosso papel como cidadãos.
A referência dos nossos filhos e netos dependerá do legado deixado pela atual geração de tomadores de decisão. Apesar de habitarmos um mundo onde a população ainda é separada por gigantescas diferenças em termos de riqueza e oportunidades, além das fronteiras, nossos destinos estão inegavelmente atrelados pela única coisa que todos nós sem distinção compartilhamos: o nosso ainda belo planeta azul.
Por: Jaqueline Macedo Gomes (Publicado na Revista Envolverde e Rebia em set/out de 2009)