quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

RENOVE-SE!


Os vídeos abaixo foram postados visando chamar a atenção em relação ao comportamento humano. O do TED fala sobre trabalho escravo que ainda existe em pleno século XXI e a animação canadense conta a história de um homem que começou a plantar árvores em sua cidade deserta, transformando-a, com o passar dos anos, em um lindo e aconchegante lugar.

Estes vídeos contam histórias totalmente paradoxais. Retratam como a humanidade pode ser mesquinha, preconceituosa, gananciosa e egoísta, mas também fraterna, solidária, humilde, maravilhosa... Isto depende somente de nós!

Podemos deixar de utilizar a competição o tempo todo e passar a usar a cooperação... Deixar de usar o poder e o dinheiro para humilhar o próximo... Podemos nos doar mais, deixar de olhar um pouco para o nosso próprio umbigo e ver além...

Li o que escrevi hoje aqui, e observei que a maior parte das notícias é um pouco pessimista...  Sim, é a realidade, os números não enganam, estamos passando talvez pelo maior problema que a humanidade já enfrentou... e a minha intenção, ao escrever, ao postar artigos, notícias e vídeos é tentar educar, comunicar e informar as pessoas, servir como um alerta para que todos nós acordemos e passemos a enxergar o mundo de uma outra forma.

E o que mais precisamos no momento é de uma grande mudança estrutural, relacionada à hábitos, valores e comportamentos, além da urgência que requer essa transformação, pois os problemas ambientais estão acontecendo em uma velocidade muito superior à empregada pelas ações que deveriam estar ocorrendo em prol da sustentabilidade.

A grande questão é que parte da humanidade ainda não consegue enxergar a relação existente entra ela mesma e o ambiente que a cerca e que é responsável pela sua própria qualidade de vida, através da sua forma de agir. Faz-se necessária uma mudança de paradigma, por meio da construção de uma nova postura reflexiva que se apóie no padrão ecológico, priorizando as relações e trabalhando o conceito ambiental, ultrapassando o mero comportamento humano, mas incluindo sistemas funcionais dentro dos ambientes.  É preciso sair desta situação de imediatismo e elevar o homem a sua máxima potencialidade, a fim de construir positivamente uma nova forma de pensar e agir, respondendo a este novo meio ecologicamente compatível que envolve crescimento psicológico, intelectual e espiritual e a percepção de que o ser humano é parte do planeta e que ele também está dentro de nós.

O que se espera é que as redes de comunicação, educação e informação sejam responsáveis pela mudança de paradigma que estamos precisando fazer com urgência. É importante que a percepção ambiental se dê à nível cultural, isto é, que esta mudança esteja interiorizada nos hábitos, valores e nas crenças do indivíduo. É preciso alterar o pensamento antropocêntrico atual, o qual manteve no homem uma visão distorcida dele mesmo, mantendo-o como centro de tudo, observando a natureza como algo exterior a ele e como simples fonte de utilização de recursos naturais. A Ecologia Profunda, a qual compreende os seres vivos como parte integral de um “todo”, possui a importante missão de acabar com a visão de que o ser humano é mais importante do que os outros seres terrestres, fazendo com que ele perceba que todo e qualquer elemento tem sua função nos ecossistemas e que todos os organismos são necessários para o pleno funcionamento da vida.

Não quero somente apontar os problemas! Quero ser ouvida, quero participar, quero agir, quero ser parte da solução!

E acredito no ser humano, na sua capacidade de transformação... vejo e digo por mim mesma... a mudança depende exclusivamente de nós!

“Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”, já dizia o sábio Mahatma Gandhi.

Que iniciemos 2013 com um novo pensamento, com novos hábitos e valores, porque aqueles que acreditam que podem mudar o mundo, são os que realmente conseguem.

Jackie Gaia

O homem que plantava árvores

TED X MAUI - Talk from Lisa Kristine

Informações sobre como andam as emissões brasileiras e globais estão dispostas a seguir, juntamente com um resumo dos acontecimentos da Conferência das Partes 18 (COP 18) que ocorreu este mês em Doha, no Qatar.
• Que a falta de chuvas no Nordeste já não se limita ao antigo Polígono da Seca? Em 2005, foram incluídos mais 103 municípios, totalizando 1.133. O problema é que, além de atingir uma área maior no semiárido nordestino e do Norte de Minas, a estiagem já chega a municípios da Zona da Mata e do litoral de alguns estados. O número de dias sem chuva aumentou em vários municípios e ela está mais irregular. Mais forte, dura menos tempo e sua infiltração na terra diminui.

• Que a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu um novo recorde em 2011, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM)? A liberação de CO2 atingiu 391 partes por milhão (ppm), quando o ideal seria estabilizar em 350 ppm, o que permitiria o aumento da temperatura da Terra em 2ºC. Deste modo, estima-se que se este número chegar a 400 ppm, 90% dos recifes de corais estarão comprometidos. A OMM ainda lançou o alerta que, se mantida a inércia atual, a humanidade caminha para a liberação de 800 ppm, o que levaria a um aumento da temperatura de 4ºC até meados do século.

• Que pesquisadores de 10 países do grupo Global Carbon Project (GCP) relataram que em 2012 as emissões de gases de efeito estufa atingiram o nível recorde de 35,6 bilhões de toneladas? Isto significa cerca de 2,6% a mais do que o registrado em 2011 e 54% acima do que era emitido em 1990. Entre 2000 e 2011 a emissão de CO2 cresceu, em média, 3,1% ao ano. Se este índice for mantido, a temperatura global aumentará cerca de 4 ou 5ºC até 2100. Os EUA e a União Europeia conseguiram entre 2011 e 2012 reduzir suas emissões em 1,8% e 2,8% respectivamente. Já é um progresso, porém muito tímido diante do que precisamos. Já a China viu suas emissões crescerem aproximadamente 10% desde 2011. Suas emissões per capta também cresceram: cada chinês emitiu em média 1,8 tonelada de carbono, índice muito próximo ao da Europa que é de 2 toneladas. A Índia também apresentou um crescimento significativo das suas emissões: entre 2011 e 2012, cerca de 7,5%. Em 1990, os países em desenvolvimento eram responsáveis pela liberação de 35% das emissões do planeta. Hoje em dia este percentual aumentou para 58%.

• Que a última década foi a mais quente desde o início da medição de temperatura na Europa? E também que o prejuízo causado por extremos climáticos está aumentando? O custo destes eventos pulou de US$ 8,4 bilhões nos anos 80 para US$ 15, 6 bilhões na década passada.







O Brasil e as mudanças climáticas


Segundo dados recentes, nosso país reduziu suas emissões de carbono em aproximadamente 30%. Isto se deve principalmente à queda do desmatamento que vem ocorrendo desde 2004. Foram destruídos 4.656 km2 de floresta entre agosto de 2011 e julho de 2012, o volume mais baixo da série histórica que é medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desde 1988. Entretanto, este dado não fará parte do Inventário Nacional de Emissões  que considera apenas o que foi emitido em 2010 por cinco setores: uso da terra e florestas, energia, agricultura e pecuária, tratamento de resíduos e indústria.

Até hoje o Brasil produziu somente dois inventários de emissões. O 1º deles foi lançado em 1995 e divulgava os dados das emissões referentes ao ano de 1990 e o 2ª saiu em 2010, com as informações de 2005. Não temos a obrigação de emitir relatórios anuais, pois não fazemos parte do Protocolo de Kyoto por não sermos considerados um país desenvolvido. Estes, que fazem parte do Anexo I, elaboram seus relatórios anualmente. Apesar disso, o Brasil deveria dar o exemplo e produzir seus relatórios todos os anos, até para que possamos ter dados mais atualizados que nos ajudem a enfrentar o problema das mudanças climáticas.

Em 1990, emitimos 1,4 bilhão de toneladas de CO2 equivalente. A palavra equivalente significa que todos os outros gases de efeito estufa – CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), por exemplo – estão incluídos na conta e foram convertidos para um número equivalente de CO2. Em 2005, nossas emissões subiram cerca de 60%, colocando o Brasil na lista dos 10 maiores emissores de carbono do planeta.

O gargalo das emissões em quase todos os países é o setor energético, cujas matrizes provêm principalmente de combustíveis fósseis: petróleo, carvão e gás. No nosso caso, a matriz é mais limpa porque é hídrica. Vejam os dados do nosso relatório de emissões de 2005 abaixo:

• 61%: desmatamento;
• 19%: agropecuária;
• 15%: energia;
• 3%: indústria;
• 2%: tratamento de resíduos e saneamento.

Com a redução do desmatamento nos últimos anos, certamente esta configuração irá mudar. Em 2005 foram destruídos 19 mil km2 de florestas; já em 2010 este índice caiu para 7 mil km2. Desta forma, o desmatamento passaria a ficar em terceiro lugar, sendo ultrapassado pela agropecuária e pela energia que tendem a crescer.

O Brasil se propôs a reduzir voluntariamente suas emissões em cerca de 36,1 a 38,9%, com ano base em 2005, durante a COP 15 em Copenhague. Com a redução do desmatamento, esta meta torna-se viável de ser alcançada. Contudo, a partir de 2020 entrará em vigor a Plataforma de Durban, que, apesar de ainda precisar ser detalhada até 2015, estabelecerá metas de redução de emissões para todas as nações. O Brasil já se comprometeu em participar com metas mais agressivas, porém há ainda muito que melhorar.

É preciso rever a questão do saneamento básico, pois o próprio nome já diz – básico – ou seja, era um problema que já deveria ter sido resolvido há muito tempo; propor uma solução para a pecuária e para a monocultura de exportação, que utilizam áreas imensas de florestas, provocando o desmatamento; melhorar o setor energético com incentivos fiscais e estímulo às pesquisas em alternativas renováveis; colocar em prática a Política Nacional dos Resíduos Sólidos; melhorar (muito!) a mobilidade urbana, oferecendo transportes coletivos de qualidade para todos e, por fim, investir em educação ambiental para que as pessoas se conscientizem cada vez mais de todos estes problemas, mas principalmente, que elas tenham a capacidade de relacionar a questão do consumo com tudo isso. É urgente e preciso o engajamento de todos os cidadãos nestas questões para que possamos fazer a nossa parte e cobrar das autoridades um maior comprometimento. Mas para que isso aconteça, urge a disseminação da educação ambiental e da informação para que a população possa relacionar que os extremos climáticos, a perda da biodiversidade e a questão do lixo estão intimamente ligados aos nossos hábitos de consumo. Não basta apenas reciclar ou reutilizar os resíduos, embora isto seja extremamente importante. O que é primordial é a redução do consumo! O consumismo está acabando com os recursos naturais! A utilização desenfreada de combustíveis fósseis está aumentando as emissões de gases de efeito estufa e intensificando os efeitos do aquecimento global! Comunicar, informar, educar! A disseminação da educação ambiental se faz extremamente necessária neste período de crise em que estamos vivendo! É urgente a mudança de valores e atitudes por parte de todos!!!

Dados extraídos do artigo "Brasil reduz emissões de CO2", de Agostinho Vieira, colunista do Jornal O Globo - dez/12).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Como tem ocorrido com a maioria dos acordos globais, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas – COP 18 – que aconteceu neste fim de ano em Doha (Qatar), não obteve o resultado que todas as pessoas conscientes da gravidade do problema e preocupadas com o futuro da humanidade, poderiam esperar. Abaixo, alguns tópicos importantes do que ocorreu e o link de uma matéria do site Ecodesenvolvimento (clique aqui) para maiores esclarecimentos:

• Renovação do Protocolo de Kyoto até 2020, porém, com a ausência do Japão, Canadá e Nova Zelândia que se recusaram a assinar sua prorrogação, em razão da falta de metas obrigatórias de países emergentes como os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

• Formação atual do protocolo: 36 países que correspondem a somente 15% do total de emissões de gases de efeito estufa (GEE): Austrália, Noruega, Suíça, Ucrânia e a União Europeia.

• Financiamento dos países desenvolvidos de US$ 10 bilhões por ano às nações subdesenvolvidas em projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. No entanto, devido à crise econômica que assola a Europa, não houve esclarecimento de como esse financiamento irá ocorrer na prática.

• Após o término da validade do Protocolo de Kyoto em 2020, há a intenção de elaboração de um novo tratado que estabeleça metas para todos os países (Plataforma de Durban).


E a 1ª fase do Protocolo de Kyoto, surtiu algum efeito? Algum progresso foi alcançado?

Este protocolo foi assinado em 1997 durante a COP 3 em Kyoto no Japão e ratificado em 2005 por todos os países desenvolvidos, com exceção dos EUA. Valeu de 2008 a 2012 e a meta era reduzir as emissões em 5,2%, tomando como base os níveis de 1990.

Vejam o gráfico abaixo (fonte: O Eco/ The Guardian, dez/12). Ele mostra a lacuna entre a meta expressa em percentual de cada nação e sua variação percentual de fato entre 1990 e 2010. Exemplo: se  um país tinha um alvo de -10%, mas suas emissões aumentaram 10%, ele marca -20; se tivesse uma meta de corte de 5%, mas cortou 15%, ele marca 10.

Estão incluídas todas as emissões, inclusive as relacionadas ao uso da terra e a capacidade das florestas de sequestrarem carbono. As barras azuis que ficam à esquerda da linha de base mostram países que ficaram aquém das suas metas.





Como pode ser observado, a maioria dos países obteve sucesso no protocolo, contudo, a situação econômica do planeta mudou muito desde que ele foi assinado. Afinal, passaram-se 15 anos... Surgiram os emergentes e com eles o aumento do consumo e da emissão dos GEE. Além disso,  grande parte do crescimento destes países se deve ao fato da produção de bens e serviços exportados para países desenvolvidos. Partindo da visão da pegada de carbono de cada nação (incluindo importações e exportações), os progressos alcançados pelo Protocolo de Kyoto foram pífios, com reduções de apenas 1% obtidas pela Europa entre 1990 e 2008 e com um aumento de 7% se considerados todos os países desenvolvidos. Em resumo, o grupo do Anexo I conseguiu reduzir cerca de 16% das suas emissões em relação aos níveis de 1990, no entanto, a humanidade continuou a lançar cada vez mais poluentes na atmosfera, chegando em 2010 a emitir quase 31% acima de 1990. Observem o gráfico a seguir:





Na prática, não houve redução dos GEE pelo Protocolo de Kyoto como era esperado. Entretanto, tentando pensar positivamente, este acordo é o único existente até agora e não deixou de ser um primeiro passo na tentativa do caminho para a sustentabilidade. O problema maior é que ainda faltam o sentido de urgência e a velocidade necessárias para evitar uma catástrofe climática. No gráfico abaixo pode-se notar que as emissões continuam crescendo...





O professor de Política Energética da Universidade de Oxford, Dieter Helm, em artigo publicado na Revista Nature, afirma que "observar apenas as emissões totais dos países, sem levar em conta sua pegada de carbono, isto é, as emissões associadas à produção de bens e serviços que consomem, deixou o campo aberto para a simples transferência de indústrias poluidoras e de alto uso de energia dos países desenvolvidos, que tinham metas a cumprir, para as nações emergentes, as quais estavam livres de limitações sob o protocolo. O aquecimento global não considera fronteiras nacionais. Se um consumidor americano compra um carro, não faz diferença se o aço do qual ele é feito foi fabricado nos EUA ou na China". (trecho retirado do Jornal O Globo, de 29/11/12.


Um breve histórico:

Foi durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) que  foi assinada a Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas por 154 países, mais a União Européia. Entrou em vigor dois anos depois e baseia-se no fato da existência de alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, causada por fatores antrópicos, o que ocasionará o aquecimento do planeta, causando o desequilíbrio do clima. Tem como objetivo estabilizar a concentração de GEE na atmosfera à um nível que evite uma interferência perigosa com o sistema climático.

A Convenção Quadro não é completa porque apenas define um conjunto de princípios gerais e de obrigações a serem cumpridas pelos signatários, deixando para as futuras negociações o estabelecimento de metas para a redução dos GEE. A definição de metas e o debate em torno do aprofundamento das regras passaram a ser efetuadas anualmente nas Conferências das Partes (COP).

Alguns anos antes, em 1988, as Nações Unidas, já bastante preocupadas com os efeitos do aquecimento global, fundaram o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês - Intergovernmental Panel of Climate Changes) que reuniu diversos cientistas de todo o mundo, com a finalidade de avaliar a informação científica disponível sobre os efeitos das mudanças climáticas, destacando seus impactos ambientais e socioeconômicos e traçando estratégias para a obtenção de respostas adequadas ao fenômeno.

Seu 1º relatório foi lançado em 1990, onde diziam que o planeta iria sofrer um aumento de temperatura entre 0,35ºC e 0,75ºC, em razão de ações antrópicas. Na época, disseram que estavam exagerando e que eram alarmistas. No entanto, vinte anos depois, foi constatado que a Terra já sofreu um aquecimento de 0,75ºC / 0,8ºC. Desde esta época, outros relatórios foram lançados, sendo que o de 2007 foi o de maior impacto, o que levou a entidade a dividir a premiação do Nobel da Paz deste ano com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, pela sua contribuição aos estudos do clima e sua divulgação através da realização do filme "Uma Verdade Inconveniente".
 
Este relatório confirma o que já havia sido dito nos anteriores e alarma ainda mais com dados mais precisos sobre as consequências dos efeitos das mudanças climáticas em nossas vidas. Desequilíbrio climático, secas extremas, enchentes, chuvas torrenciais, aumento de temperatura, acidificação dos oceanos, aumento do nível do mar, perda de biodiversidade e aumento da vulnerabilidade humana às doenças transmitidas por vetores. 

Voltando às Conferências das Partes (COP), a 1ª delas foi realizada em Berlin, na Alemanha, em 1995 (COP 1). Seu principal objetivo era a redução dos GEE para evitar os efeitos do aquecimento global. Passados 14 anos, na COP 15, que ocorreu em Copenhague, foi firmado um acordo sem efeito legal para tentar conter as emissões de forma que o aumento da temperatura não ultrapassasse 2ºC até o fim do sec XXI. Contudo, já estamos há 5 dias de 2013 e pouco (ou nada) se avançou. Atualmente, o IPCC já fala em um aquecimento de cerca de 4 a 6ºC se nada for feito.

Desta forma, o discurso já está mudando. Não podemos mais falar "apenas" em evitar as consequências do aquecimento global, pois elas já estão aí! Além da tentativa de mitigação das mudanças climáticas, é preciso sua adaptação. Um novo tópico também passou a ser debatido na última conferência, a COP 18: não seria necessária a indenização dos países que estão sofrendo com as mudanças climáticas?

Segundo o jornalista ambiental Agostinho Vieira, no artigo "Perdas e danos" publicado no jornal O Globo deste mês, "o conceito de perdas e danos ainda é relativamente novo na ciência climática. Mas ele parte do princípio que há limites para a adaptação dos países às mudanças climáticas. Algumas coisas não poderão ser feitas e, mesmo que pudessem, não seriam suficientes para evitar todos os danos e perdas. Haveria uma inabilidade da nossa sociedade para responder aos casos de stress climático".

Ou seja, há países, principalmente as nações mais pobres, que estão sofrendo com as mudanças do clima e que pouco contribuíram e contribuem para a emissão de gases. Apesar do esforço de alguns países desenvolvidos em ajudar estas nações, os impactos causados pelos efeitos do aquecimento global já estão sendo muito significativos em determinados locais. Além disso, os custos para mitigação e adaptação estão cada vez mais altos.

Esta grave e complexa questão foi mais uma das discutidas na COP 18. Há alguns anos, foi proposto um fundo de US$ 100 bilhões para a criação de um Fundo Verde Climático, com o objetivo de ajudar principalmente as nações mais pobres. Com a crise econômica dos países desenvolvidos, esta proposta não saiu do papel. Nesta época, ainda não se falava no conceito de "perdas e danos", o que torna o problema ainda mais difícil de ser resolvido. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Agora Seu consumo, seu futuro tem sua página no Facebook. Uma oportunidade ainda maior de interação e participação. Acessem: http://www.facebook.com/SeuConsumoSeuFuturo

domingo, 11 de novembro de 2012

Vejam abaixo como o consumo está intimamente ligado à crise ambiental que vivemos. Basta pensar que quanto mais consumimos, mais recursos naturais estamos retirando da Terra. O consumismo está tão exacerbado que não estamos dando tempo do planeta se recompor. Isto sem contar com a enorme quantidade de lixo que geramos. Segundo a edição de 2012 do Relatório Planeta Vivo da WWF, a demanda de recursos naturais já superou em 50% a capacidade de regeneração do planeta. 

E as mudanças climáticas, o que podem ter a ver com o que consumo? Tudo! Quanto mais utilizamos combustíveis fósseis, mais emitimos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global. É preciso rever hábitos e valores! Tentar utilizar transportes coletivos, usar menos sacolas plásticas, produzir menos lixo. É necessário consumir, mas não precisamos ser consumistas. Seu consumo é um ato de cidadania e está totalmente relacionado ao seu futuro, pois caso continuemos a dispor dos atuais padrões de produção, distribuição e consumo, a próxima espécie em extinção será a nossa.



Nova rede de empresas pretende popularizar prática de análise de ciclo de vida de produtos no Brasil (fonte: Akatu, set/12)
• No dia do Código de Defesa do Consumidor, aprenda como ser mais informado (fonte: EcoD, set/12)
• Dez dicas para começar hoje a ser um consumidor consciente (fonte: EcoD, out/12)
• Consumir de forma consciente e sustentável (fonte: EcoD, nov/12)
• Obsolescência programada pra quem? Pra quê? (fonte: Akatu, ago/12)
• Produção responsável e consumo consciente (fonte: Akatu, mai/12)
• Dez atitudes para você combater o aquecimento global (fonte: Akatu, jul/12)
• Como suas escolhas de consumo impactam as mudanças climáticas (fonte: Akatu, jun/12)
• Consumo e aquecimento global: quanto tempo mais vamos demorar a perceber? (fonte: Akatu, dez/09)
• Cartilha do Ministério do Meio Ambiente orienta sobre consumismo infantil (fonte: estadão.com, nov/12)



O furacão Sandy visto do espaço (fonte: OEco, nov/12)



      
Um passeio virtual pela Antártica (fonte: O Eco, out/12)






Um passeio virtual pelo Rio Negro (fonte: O Eco, out/12)



As capitais brasileiras vistas do espaço (fonte: O Eco, out/12)

Rio de Janeiro



As maravilhas do planeta vistas do espaço (fonte: O Eco, out/12)

Monte Fuji (Japão)



Atol das Rocas (RN)


O verde das cidades visto do espaço (fonte: O Eco, jul/12)

Floresta da Tijuca (RJ)



Península de Kamchatka (Rússia)





De cima para baixo: O sol refletido nas águas do Mediterrâneo; A Cordilheira dos Andes na América do Sul; e o furacão Earl no Oceano Atlântico. INDESCRITÍVEL!!!!



Padrão de qualidade do ar do Brasil está defasado (fonte: globo.com, nov/12)
• Arte ajuda a visualizar emissões de poluentes (fonte: O Eco, nov/12)





• Vídeo educativo aborda problemas causados por poluição do ar (fonte: EcoD, out/12)

Mapa indica lugares próximos para descartar garrafas PET (fonte: O Eco, nov/11).
• Site especializado em reciclagem cria aplicatvo para Iphone (fonte: O Eco, fev/12)
Ibama fixa regras para o uso e descarte de pilhas e baterias (fonte: O Eco, set/12)
• Manejo de resíduos pode gerar US$ 550 mil; em créditos de carbono (fonte: EcoD, ago/12)
Programa promove reciclagem dos cartões de crédito inutilizados (fonte: EcoD, ago/12)
No Haiti, projeto de reciclagem abre janela de esperança (fonte: O Eco, ago/12)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

• Famílias gastam 5 vezes mais com transporte privado (fonte: Akatu, set/12)
O carrocentrismo na mira da crítica industrial (fonte: Akatu, set/12)
• Entidade propõe ações governamentais para desenvolver mobilidade urbana (fonte: EcoD, ago/12)
• Estudo sugere BRT, VLT e monotrilho para grandes cidades brasileiras (fonte: EcoD, set/12)
• ONU-Habitat lança Índice de Prosperidade da Cidade (fonte: EcoD, set/12)
• As 10 melhores cidades do mundo para viver (fonte: EcoD, ago/12)






De cima para baixo: Helsink (Finlândia), Melbourne (Austrália), Vancouver (Canadá) e Viena (Áustria) são algumas das melhores cidades para viver.

• As 10 piores cidades do mundo para viver (fonte: EcoD, ago/12)






De cima para baixo: Dacca (Bangladesh), Harare (Zimbábue), Lagos (Nigéria) e Teerã (Irã) são algumas das piores cidades para viver.

• Adesão da Plataforma Internacional de Biodiversidade é ofocializada no Brasil (fonte: EcoD, out/12)
• COP 11: países ricos prometem dobrar recursos pró-biodiversidade até 2015 (fonte: EcoD, out/12)
• Plataforma online vai mapear investimentos em biodiversidade (fonte: EcoD, nov/12)
• Fotografia de alta velocidade "congela" movimento de animais (fonte: EcoD, ago/12)


domingo, 4 de novembro de 2012

• Chegou a hora de regulamentar o Código Florestal (fonte: O Eco, out/12)
• Entenda os vetos à MP do Código Florestal e conheça opiniões (fonte: EcoD, out/12)
• Plantio de soja na Amazônia aumenta, mesmo com boicote de empresas (fonte: EcoD, out/12)
• Queda de desmatamento reduziu em 57% as emissões da floresta (fonte: O Eco, ago/12)
• Novo site sobre as UCs da Amazônia Brasileira (fonte: O Eco, abr/12)
• Cacique de cocar, terno e IPhone comercializa carbono (fonte: O Eco, mai/12)
• Ameaçados: mobilização em favor do povo Suruí (fonte: O Eco, ago/12)
• Mapa interativo mostra desmatamento dos 9 países da Amazônia (fonte: O Eco, out/12)




• Conheça 5 edifícios sustentáveis no Brasil (fonte: EcoD, out/12)





• Conheça 5 projetos para casas sustentáveis vencedores de concurso nos EUA (fonte: EcoD, ago/12)




• Instituto Trata Brasil lança Manual sobre Saneamento Básico (fonte: O Eco, out/12)
• Governo e setor privado firmam acordo para reduzir emissões da indústria (fonte: EcoD, ago/12)
• Conheça 10 fontes inusitadas de geração de energia (fonte: EcoD, ago/12)
• Investimento em tecnologias para energias renováveis cresce 17%, aponta relatório (fonte: EcoD, out/12)
Espinafre: das latinhas de espinafre para as placas solares? (fonte: EcoD, set/12)
• Cinco maneiras para o voluntariado incrementar sua carreira (fonte: EcoD, out/12)
• Dia do Livro: Homenagem aos 50 anos da Primavera Silenciosa (fonte: O Eco, out/12)
• Projeto Afreaka apresenta país sustentável: Namíbia Verde (fonte: EcoD, out/12)
• Nova classe média precisa de incentivos para aderir a sustentabilidade (fonte: EcoD, set/12)
• Poluição por amianto (fonte: EcoD, set/12)
• Me diz quantas árvores tens, que direis quão rico és (fonte: EcoD, ago/12)