domingo, 29 de setembro de 2013

Sai a 1ª parte do novo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas). E aí, ainda não se convenceu??


• Líderes mundiais lançam Declaração sobre Justiça Climática (Mundo Sustentável, set/13)





• O aquecimento global e as florestas (Planeta Sustentável, ago/13)
• As origens e polêmicas do Protocolo de Kyoto (Blog do Meio Ambiente, set/13)







 “Esta é a nossa demanda, o nosso pedido a todas as pessoas responsáveis, que em vez de enviar arma, em vez de enviar tanques para o Afeganistão, e todos estes países que estão sofrendo com o terrorismo, deveriam enviar livros. Em vez de enviar tanques, enviem canetas. Em vez de enviar soldados, enviem professores. Esta é a única maneira de podermos lutar pela educação”, sugere a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que fou baleada por talibãs por defender a educação para meninas.



Veja a reportagem na íntegra aqui, no site da EcoD.




• Filme pretende sensibilizar jovens para um mundo melhor

O que queremos do mundo?

Este é o nome de um filme de ficção infanto-juvenil que pretende sensibilizar os jovens a ir em busca de um mundo melhor. O longa apresenta a história de quatro amigas (Bela, Lua, Luz e Sol), que formam uma banda para tocar canções inspiradoras em uma apresentação de fim de ano da escola.

Criado em 2012, o projeto do filme conta com depoimentos espontâneos em vídeos, e chamada criativa na rede It’s Noon; na televisão (com uma série de 10 episódios em interprogramação no canal infantil Gloob, da Globosat); e em eventos como o Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), Galeria TeamBox (em Lisboa-PT) e Festival SACI, com oficinas de "Vídeos Ecológicos para um mundo melhor".

Para se tornar um longa-metragem real, O que queremos do mundo? foi cadastrado no site de financiamento coletivo Catarse.me e precisa arrecadar R$ 26 mil. As colaborações podem ser feitas a partir de R$ 10,00 e, até o fechamento deste post, já contavam com 78 apoiadores e R$ 5.285,00. Ainda restam 45 dias para alcançar o valor.

Acesse o link da página do filme no Facebook e assista ao vídeo de apresentação:



Fonte: EcoD, setembro de 2013

A pobreza diminui, mas a desigualdade aumenta (Envolverde, set/13)
Governança global pode enfrentar crise sistêmica (Envolverde, set/13)
Iniciativas tentam mostrar os custos econômicos dos danos ambientais e climáticos (Carbono Brasil, set/13)
• ONU destaca necessidade de transferência de tecnologias limpas para países mais pobres (Envolverde, set/13)
• Secretário-geral da ONU lança panorama dos Objetivos do Milênio e da agenda de desenvolvimento pós-2015 (ONU/BR, set/13)
• Na ONU, líderes concordam em intensificar combate à pobreza e definem novas metas globais (ONU/BR, set/13)
• FAO afirma que é possível reduzir emissões da pecuária em 30% (Envolverde, set/13)
• Pelo menos 250 milhões de crianças não sabem ler, escrever ou contar em todo mundo, alerta UNESCO (ONU/BR, set/13)
• ONU pede ratificação universal de convenção sobre direitos da criança (ONU/BR, set/13)
• Índice Dow Jones de Sustentabilidade conta com oito empresas brasileiras (EcoD, set/13)
• Participação do setor de energia em emissões de gás carbônico dobra em 5 anos (EcoD, set/13) 
• EUA vão limitar emissões de novas usinas de energia (Envolverde, set/13)
• Países do BASIC divulgam declaração sobre mudanças climáticas (Agência Brasil, set/13)
• ONU consulta 1 milhão de pessoas de todo o mundo para criar agenda de desenvolvimento pós-2015 (ONU/BR, set/13)
• Emissões das 500 maiores empresas do planeta continuam subindo (Carbono Brasil, set/13)
• Desperdício de alimentos causa prejuízos anuais de US$ 750 bi e também impacta o meio ambiente (EcoD, set/13)
• MMA ganha 952 mil hectares para preservar (O Eco, set/13)
• Ao receber prêmio da ONU, ministra destaca restauração da Amazônia (Rádio ONU, set/13)
• BID faz projeto no Brasil para reduzir emissões e pobreza (O Eco, set/13)
• Mortalidade infantil no Brasil caiu 77% nos últimos 20 anos (Envolverde, set/13)
• GRI G4 e o Relato Integrado: uma experiência prática (Envolverde, set/13)
• Brasil é o 24º país mais feliz do mundo, aponta relatório (O Eco, set/13)
• Ruralistas dominam comissão da PEC das terras indígenas (O Eco, set/13)
• Supremo mantém tramitação da PEC das terras indígenas (O Eco, set/13)
• Mobilização indígena prevê manifestações em vários pontos do país (ISA, set/13)
• Garantia de direitos indígenas ainda é um desafio (Envolverde, set/13)
• Agricultura aprova programa de compensação por serviços ambientais (Envolverde, set/13)
• Secretaria do Ambiente lança Pacto para Reciclagem (REBIA, set/13)
• Caçadores agem livres no Parque da Serra do Mar (O Eco, set/13)
• Associação Tecnologia Verde Brasil lança campanha por IPTU Verde (Envolverde, set/13)
• Vacina brasileira contra a dengue começa a ser testada em outubro (Envolverde, set/13)
• Grafiteiros pintam faixas de pedestres em campanha educativa no Rio (Mercado Ético, set/13)
• Cariocas podem acompanhar evolução de áreas reflorestadas no estado (Ciclo Vivo, set/13)
• Engendrando e contando a nova história (Envolverde, set/13)

sábado, 21 de setembro de 2013

DIA MUNDIAL SEM CARRO



Semana da mobilidade: repense o seu meio de transporte (Akatu, set/13)
Sem carro e com tempo (Akatu, set/13)
• A mobilidade (in)sustentável: um dia mundial sem carro (Envolverde, set/13)
• Faz mal à saúde (O Globo Blogs, set/13)
• Pesquisa mostra que 27% dos paulistanos usam carro diariamente (Akatu, set/13)
• Número de paulistanos dispostos a não usar o carro chega a 61%, revela pesquisa (EcoD, set/13)
• Prefeitura de São Paulo vai restringir automóveis no Dia mundial sem carro (Envolverde, set/13)
• Respirar em São Paulo é como fumar 4 cigarros por dia , afirma Paulo Saldiva (EcoD, set/13)








domingo, 15 de setembro de 2013

Sai o 1º Relatório sobre Mudanças Climáticas no Brasil



Nesta semana saiu o 1º Relatório sobre Mudanças Climáticas no Brasil, elaborado por 345 cientistas brasileiros que compõem o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Dentre todos os estudos e previsões, divulgaram que a temperatura média do país subirá entre 3 e 6º C até 2070, o que irá provocar redução da produção agrícola, secas mais intensas no Nordeste, maiores enchentes e tempestades no Sul e Sudeste, elevação do nível do mar, alterando as regiões costeiras, savanização da Amazônia, perda de biodiversidade e redução de geração de energia devido à diminuição da vazão dos rios.

Precisamos deixar de ser imediatistas e pensar somente no nosso próprio umbigo! O que estamos esperando para mudar? Muito provavelmente em 2070 não estarei mais aqui, mas que planeta vou deixar para o meu filho, para os meus netos? Quero que eles desfrutem da mesma natureza e da mesma Terra que desfruto agora! Gostaria até que eles vivessem em um mundo melhor do que vivo neste momento! Será que isso vai ser possível?

Acredito que sim, se agirmos AGORA! É preciso mudar hábitos e valores, adquirir práticas sustentáveis! Deixarmos de ser consumistas! Parece que 2070 é muito longe, mas não é! Para que até o fim do século tudo não esteja pior, faz-se urgente a ação neste momento! Deixarmos de ser egoístas e pensarmos mais no "ser" do que no "ter"! Cobrar de quem elegemos que propiciem políticas públicas que priorizem a adaptação e a mitigação às mudanças climáticas, além de programas de qualidade em educação ambiental!

A palavra da ordem é AGORA! Vamos nos mexer!

Jackie Gaia


Abaixo, seguem dois artigos muito importantes sobre o assunto, do jornalista Agostinho Vieira e de Marina Silva.



Tem sido cada vez mais difícil emitir uma opinião sobre qualquer assunto neste país. Antes de terminar uma frase alguém já te colocou numa caixinha, num escaninho, acompanhado de um rótulo: petista, tucano, vendido, radical, inocente, maluco. A lista é enorme e depende do interlocutor. Sem falar nos casos em que não é preciso abrir a boca. Como no velho Maracanã, algumas cadeiras ou ideias seriam cativas.

Vivemos um Fla x Flu diário, eterno e entediante. Só que sem a graça do futebol. Palavras como ouvir, refletir, argumentar, ponderar, ouvir novamente e, principalmente, pensar, teriam sido banidas definitivamente do dicionário. Não há nada de novo. Tudo já teria sido dito e pensado. Portanto, basta jogar o indivíduo num dos muitos sacos de gato disponíveis. Uma mistura de preguiça com burrice.

Um ambiente assim já seria lamentável em qualquer época da história e em qualquer parte do planeta. Mas ele se torna especialmente perigoso diante dos desafios que estamos enfrentando e dos que nos aguardam nos próximos anos. Na segunda-feira, 345 cientistas brasileiros, membros do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), divulgaram um relatório mostrando que a temperatura média do país subirá entre 3°C e 6°C até 2100. Teremos menos chuvas na Amazônia, mais secas no Nordeste e mais inundações e desabamentos no Sul e no Sudeste.

É importante ressaltar que não estamos falando de 345 loucos que se reuniram numa praia paradisíaca para fumar um baseado e prever o fim do mundo olhando para uma bola de cristal. Trata-se da nata da produção científica nacional na área, que se dispôs a reunir num documento todo o conhecimento acumulado em anos de pesquisa. Nomes reconhecidos internacionalmente, inclusive com o prêmio Nobel.

Apesar disso, o destaque dado para este estudo em todos os veículos e nas redes sociais foi mínimo. Na verdade, ínfimo, se comparado com o que daremos para a próxima tragédia ambiental e os seus mortos. Seguimos nos preocupando com o eu, o aqui e o agora. Dando destaque para a política com p minúsculo que vemos todos os dias. Vai ficar mais quente? Em 2100? Isso é longe demais. Tenho outros problemas.

Só que não é bem assim. O trabalho dos pesquisadores mostra que teremos mudanças na vazão dos rios, declínio da biodiversidade e aumento do nível do mar em cidades costeiras, como o Rio, por exemplo. Perda do potencial de pesca do país, acidificação dos oceanos e aumento da migração da população rural para as cidades. Efeitos que afetam a todos, que já se manifestam hoje e tendem a se intensificar ao longo do tempo. Somos vulneráveis, mas podemos mudar esse cenário.

E a hora é agora. Não temos tempo a perder. Não importa se teremos Dilmas, Marinas, Aécios, Josés, Joaquins ou Eduardos no próximo governo. A realidade nos obriga a trabalharmos juntos. Pelo menos desta vez, precisamos agir como um grupo e não como um bando. Se não dá para concordar em tudo, precisamos buscar o consenso em coisas básicas. O país precisa de políticas de Estado. Políticas com P maiúsculo, que estejam acima das cores partidárias.

Não consigo imaginar um partido, da extrema direita à esquerda radical, que seja contra a universalização do saneamento básico. Continuamos coletando e tratando menos de 50% do esgoto gerado. Que tal uma meta mais ousada e recursos para acabar com essa vergonha em dez anos? Se a ciência diz que teremos menos chuvas na Amazônia nos próximos anos, é preciso rediscutir a política energética e as hidrelétricas na região. A volta das usinas a carvão não resolve o problema, agrava.

A redução do desmatamento nos últimos anos foi um passo importante. Graças a ela diminuímos as nossas emissões de gases de efeito estufa em 35%. Tudo indica que vamos bater a meta assumida em Copenhague sem grandes problemas. No entanto, o estudo divulgado agora mostra que depois de 2020 a tendência é de crescimento. A agropecuária e a energia são as maiores fontes de emissão de carbono e precisam mudar as suas lógicas de produção.

Não dá mais para aceitar a baixa produtividade da pecuária, com menos de uma cabeça de gado por hectare. Nem as nossas ruas lotadas de carros que não andam. Investir em mobilidade urbana e em energia limpa não é mais uma boa ideia, mas uma necessidade. Ainda dá tempo de minimizar os efeitos das mudanças climáticas, mas é irresponsável achar que nada vai acontecer. Os cientistas estão fazendo a parte deles, precisamos fazer a nossa. É uma questão de ética e de solidariedade.

(Por: Agostinho Vieira, fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/ecoverde/


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Nesta semana, foi divulgado o relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, que detalha os estudos mundiais sobre o clima nas especificidades do nosso país e seus variados biomas. Ressalta, à primeira vista, a qualidade da ciência que produzimos e a contribuição de nossos cientistas à visão do futuro e às decisões estratégicas que a nação brasileira precisa tomar.

Essa contribuição é desprezada pelo sistema político, cujo ceticismo interesseiro esconde o prejuízo futuro sob o lucro imediato. Diante de uma previsão como a de "aumento de 6 graus na temperatura até 2070, com queda na produção agrícola", há quem ache 2070 muito longe, que espere alguma solução mágica ou até que desconfie de uma conspiração estrangeira no estudo.

É interessante ver alguns políticos fazendo cálculos eleitorais para 2022, mas incapazes de ver as perdas econômicas na agricultura, causadas por geadas e secas, de R$ 7 bilhões anuais até 2020. Ainda nos próximos sete anos, o plantio de soja pode perder 20% de produtividade. Se esse prazo curto, no horizonte político mais estreito, não sensibiliza quem governa o país, pouco adianta alertar que, até 2050, a área plantada de arroz pode retroceder 7,5%, a de milho, 16%, e a geração de energia ser ameaçada pela redução de até 20% na vazão dos rios.

Os alertas não são recentes. Em 2006, quando estava no Ministério do Meio Ambiente, publicamos o relatório "Mudanças Climáticas Globais", que já apontava o agravamento da seca no Nordeste e das inundações no Sul. A Embrapa e a Unicamp publicaram, em 2008, o relatório "Aquecimento Global e a Nova Geografia da Produção Agrícola no Brasil", com cenários críticos para as principais culturas. Sabíamos que os avisos da ciência não podiam ser ignorados e promovemos as ações de redução das emissões de CO que estavam ao nosso alcance. Mobilizamos o governo e a sociedade para reduzir o desmatamento da Amazônia em quase 80%.

Agora, os cientistas dizem que o Brasil cumpriu as metas de redução das emissões apenas com o controle do desmatamento, mas alertam que isso não basta: neste ano, o desmatamento na Amazônia pode subir 35%.

Isso ocorre porque a pauta do governo e de setores atrasados do agronegócio fixou-se em desmontar a legislação ambiental e anistiar quem desmatou, como se as florestas e rios atravancassem o país e a agricultura. Agora, voltam-se contra os índios e suas terras, para reduzi-las e abri-las à exploração mineral e agropecuária.

A agenda estratégica do Brasil é outra. Ela é voltada para um futuro sustentável, pois apoia-se no trabalho dos cientistas, nos sonhos dos jovens, homens e mulheres de boa vontade, dialogando com a geração que viverá o ano de 2070, que, afinal, está logo ali.



A seguir, algumas reportagens sobre o assunto: