Que busquemos a cada dia esta tão almejada palavra "felicidade"...
Contudo, não esqueçamos que para sermos felizes precisamos também fazer
os outros felizes, pois a natureza e o planeta formam uma grande rede,
onde todos nós estamos integralmente conectados, dependendo uns dos outros.
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"Quando contribuímos para o bem comum, enriquecemo-nos a nós próprios. A compaixão promove a felicidade e ajudará a construir o futuro que queremos." (Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU)
Esta quinta-feira, 20 de março, marcou a segunda edição do Dia Internacional da Felicidade. Em abril de 2012, a ONU realizou uma reunião de alto nível sobre o tema Felicidade e Bem-Estar: Definindo um Novo Paradigma Econômico por iniciativa do Butão, país asiático que reconheceu a supremacia da felicidade nacional sobre a renda nacional desde o início dos anos 1970 e adotou a já famosa meta da “Felicidade Nacional Bruta”, acima do Produto Interno Bruto (PIB).
Em julho do mesmo ano, a Assembleia Geral proclamou 20 de março como Dia Internacional da Felicidade, reconhecendo a relevância de felicidade e do bem-estar como metas universais e aspirações na vida das pessoas em todo o mundo, bem como a importância do seu reconhecimento nas políticas públicas.
Boas práticas
“Sinto-me encorajado pelos esforços de alguns governos para projetar políticas baseadas em abrangentes indicadores de bem-estar. Incentivo os outros a seguir o exemplo”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, à época.
Segundo Ban, muitos países estão indo além da retórica da qualidade de vida para incorporar medidas práticas a fim de promover os seus conceitos de tese na legislação e formulação de políticas. "Estas boas práticas podem inspirar outros países para que a medição e contabilização de bem-estar mais amplo, e não apenas a renda nacional, torne-se uma prática universal", acrescentou o secretário-geral da ONU.
"Agora é a hora de converter essa promessa em ações nacionais e internacionais concretas para erradicar a pobreza, promover a inclusão social e promover a harmonia intercultural", defendeu Ban, para quem os meios de subsistência decentes, a proteção ambiental e a boa governança das instituições são as bases para a felicidade humana e o bem-estar.
Felicidade x PIB
O progresso do Butão é calculado com base em aspectos que levem à felicidade. Hoje, o país não tem problemas com fome, o analfabetismo é zero, índices de violência são insignificantes, nenhum mendigo vive nas ruas e não há registro de corrupção administrativa.
O país tem até um Ministério da Felicidade, que trabalha para garantir ao cidadão bem-estar psicológico, saúde, bom uso do tempo, vitalidade comunitária, educação, cultura, cuidado com o meio ambiente e boa governança. A intenção é manter o padrão de vida sempre na lista de prioridades.
O modelo do Butão despertou a atenção das Nações Unidas, que apresentaram, em abril de 2012, o primeiro Relatório Mundial sobre Felicidade, produzido pela Universidade da Columbia.
O documento analisou dados de 156 países, recolhidos entre 2005 e 2011. O resultado listou a Dinamarca, Finlândia, Noruega, Holanda e Canadá como os povos mais felizes os planeta. Do outro lado da lista, Togo, Benim, República Centro-Africana e Serra Leoa.
Para avaliar a felicidade, o relatório considerou critérios que incluíram riqueza, liberdade política, existência de redes sociais fortes e ausência de corrupção. Em termos individuais, foram medidas a saúde física e mental, segurança no trabalho e estabilidade do ambiente familiar.
Fonte: EcoD, março de 2014