Presos aprendem uma profissão com produtos que vêm do lixo

Depois de um show ou de alguma grande festa, a noite chega ao fim para muitas pessoas. Mas é aí que começa uma história que engloba moda, responsabilidade social e produtos exclusivos. Acaba de chegar ao mercado a TemQuemQueira, que utiliza matéria-prima para seus produtos o lixo gerado pela realização de eventos, aproveitando sobras como lonas vinílicas, fundos de palco e banners. Além do diferencial da matéria-prima, o processo produtivo desempenha um papel social: a mão-de-obra é de presidiários do Núcleo Prisional Ferreira Viana Neto, em Niterói. A idéia desse modelo de negócios é de executivos da agência de eventos corporativas LG Ventura. Eles observaram que, após a realização de grandes eventos havia uma grande sobra de material. A partir daí, deram início ao trabalho realizado com o que até então era considerado lixo. Atualmente, seis detentos trabalham na produção de mais de 1000 peças por mês. Os presidiários que participam do projeto recebem salário e, a cada três dias de trabalho, ganham um de redução da pena. No portifólio da marca, estão vários produtos como bolsas femininas, nécessaires, pastas para notebook e capas para pranchas de surfe. (texto adaptado do Jornal O Globo, 2009)