segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

EUA e China a ponto de exaurir o planeta

O desenvolvimento acelerado da China faz o país consumir seus recursos naturais duas vezes mais rapidamente do que eles podem ser renovados. Caso mantenha o mesmo ritmo, se aproximando dos patamares de demanda por recursos dos EUA, o país precisará de todas as matérias-primas disponíveis no planeta, exaurindo-o por completo. A conclusão faz parte de um estudo da ong WWF- China em parceria com o Conselho Chinês para a Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Segundo o estudo, a China já consome 15% de toda a capacidade biológica do planeta (recursos como água, terra e madeira), ainda que o consumo per capita, por conta de sua população de 1,3 bilhão de pessoas, mantenha o país abaixo da média de consumo per capita de recursos mundial. Mas faz um aviso sombrio: "Nos próximos 10 a 20 anos, o consumo da China provavelmente continuará a impor desafios ao próprio ecossistema chinês e pressionará a biocapacidade do planeta. A China precisa aderir ao desenvolvimento sustentável em no máximo 20 anos." O WWF usou o conceito de pegada ecológica, que mede quanta terra produtiva uma pessoa precisa para atender ao seu estilo de vida. De acordo com dados de 2003, os mais recentes, cada chinês tem uma pegada ecológica de 10 mil metros quadrados, ainda abaixo da média mundial de 20 mil metros quadrados. Mas o crescimento do país faz a China subir no ranking, o que é bom do ponto de vista de combate à miséria, mas ruim em relação à exaustão dos recursos do planeta. "Se a China seguir o modelo de consumo dos EUA, onde cada pessoa tem uma pegada de 100 mil metros quadrados, o país vai precisar dos recursos de todo o planeta. Isto é provavelmente uma impossibilidade física para a China e para as outras nações do mundo", diz o estudo. Ainda assim, apesar disso, os EUA ainda são disparados os maiores consumidores do planeta: a China com 22% da população mundial utiliza 15% da capacidade biológica do planeta e os EUA com 300 milhões de habitantes consomem 20%. (texto adaptado do JORNAL O GLOBO, Rio de Janeiro, 2008)

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