domingo, 9 de junho de 2013

O “Dia Mundial do Meio Ambiente” tem que ser todo dia



Na Semana Mundial de Meio Ambiente geralmente há uma comoção geral, a mídia dá uma certa prioridade aos assuntos ambientais e as escolas trabalham com seus alunos as questões sobre sustentabilidade. No entanto, passada a semana, outros temas novamente tomam lugar e parece que a vida continua como se o meio ambiente fosse algo externo a nós.

A seguir, selecionei algumas reportagens e artigos que nos causam muita preocupação, justamente pela lentidão nos processos de tomada de decisão relacionados à governança mundial quando o assunto é meio ambiente. 


• Impasse nas negociações deixa pouco a comemorar no Dia do Meio Ambiente (Envolverde, jun/13)
O que sobrou da Mata Atlântica? (Ciclo Vivo, jun/13)
• Desmatamento na Mata Atlântica é o maior desde 2008 (O Eco, jun/13)
• Mais espécies em risco na Mata Atlântica (O Eco, jun/13)
• O que mudou na sustentabilidade das empresas? (Envolverde, jun/13)
• Semana Mundial do Meio Ambiente discute progressos da Rio+20 (Rádio ONU, jun/13)
• Dia Mundial dos Oceanos: nos vemos em 2015 (O Eco, jun/13)
• O crescimento urbano é o problema do século (O Eco, jun/13)
• Mudanças climáticas são causadas pelo homem, afirmam 97,1% dos estudos (Envolverde, maio/13)
• Crise ambiental: estados com mais cidades afetadas pela seca (O Eco, jun/13)
• Para cada 1ºC do aquecimento global, sete vezes mais furacões (EcoD, maio/13)
• "Hora de acordar": mundo ultrapassa barreira perigosa nos níveis de CO2 (EcoD, maio/13)
• Concentração de CO2 atinge seu mais alto nível em 4 milhões de anos, alerta ONU (ONU Brasil, maio/13)
• ONU: mundo tem que acordar após bater "barreira perigosa" sobre CO2 (ONU Brasil, maio/13)
• Falta de saneamento básico, de mata ciliar e de hábitos dos brasileiros ameaça rios (Envolverde, maio/13)
• A caminho de outro planeta (Carta Capital, jun/13)
• Organizações da sociedade civil se retiram do processo de revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Carbono Brasil, jun/13)
• Sonhar não ofende (Envolverde, jun/13)


Apesar de certas notícias pessimistas e assustadoras, ainda acredito na humanidade e que nem tudo está perdido. Se agirmos agora, ainda haverá tempo de revertermos ao menos parte da situação.

A percepção da realidade é única para cada ser humano. Mas embora cada indivíduo seja único, toda a humanidade está interligada e cada um de nós depende do outro. É imprescindível mudar, alcançar uma visão mais holística do mundo, da vida. Diante de uma crise ambiental sem precedentes em toda a nossa história, gradualmente começamos a nos dar conta de que o homem não é o centro do universo e que os recursos da Terra são finitos. Não sabemos de tudo, porém, a informação que dispomos já é suficiente para nos motivar a mudar. A partir destas transformações, poderemos pensar na elaboração de uma nova ética, de novas ideologias e crenças políticas, amparadas no renascimento da prática da solidariedade e da sustentabilidade.

Desta forma, separei também outras reportagens e artigos que mostram que uma mudança já está à caminho, pois, aos poucos, a sociedade começa a perceber que precisamos da natureza, assim como ela precisa de nós. Todos fazemos parte de uma grande rede – a “Teia da Vida”.


• Descobrindo a floresta (Envolverde, jun/13)








• Aproveite os novos tempos (Mundo Sustentável, jun/13)


O conceito de sustentabilidade precisa ser disseminado de forma rápida e eficiente, pois esta questão é urgente e determinante para a sobrevivência da espécie humana. E esta ação implica em uma nova forma de educar que priorize a transdisciplinaridade, promovendo o entendimento da ciência, da sociologia e do conhecimento sobre a motivação que alimenta a vida das pessoas para que elas utilizem o poder transformador dos seus atos de consumo. Um outro modelo político, econômico, social e ambiental deve ser construído, com novos princípios e valores éticos. A partir de uma educação ambiental revolucionária e de uma nova distribuição de bens e serviços, será possível a realização de uma vida coletiva mais solidária, humana e menos consumista.

A crise ambiental já está aí, precisamos correr para mobilizar cada vez mais um maior número de cidadãos, porque a sociedade é que irá impulsionar e pressionar os governos para a ação. Pois a grande transformação não acontecerá de cima para baixo, como no mundo em que vivemos atualmente; ela será uma construção cuja trajetória certamente se dará de baixo para cima.

Jackie Gaia


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